Assine para continuar lendo
Torne-se um assinante pagante para ter acesso ao restante do post e outros conteúdos exclusivos.
Torne-se um assinante pagante para ter acesso ao restante do post e outros conteúdos exclusivos.
Existem momentos em que estamos tão focados no que fazemos que o tempo parece passar mais rápido. Mas também acontece de a relação com o que está acontecendo não fluir — sentimos uma emoção negativa e um murmúrio mental que agrava o descontentamento. Por que isso acontece?
O alinhamento com o momento presente
Quando resistimos ao que acontece agora, estamos resistindo à própria vida, já que ela é inseparável do momento presente.
Eckhart Tolle, autor do livro Em Comunhão com a Vida, explica que o ego é, basicamente, um relacionamento desajustado com o momento presente, ou seja, com a vida em si. Podemos mudar essa relação aceitando o agora como ele é e, em vez de reagir ao que acontece, agir com clareza e sem a interferência das narrativas mentais.
Quando a base para nossas ações é o alinhamento interior com o momento presente, elas se tornam fortalecidas pela inteligência da Vida em si. — Eckhart Tolle
O envolvimento emocional no trabalho
Quando trabalhamos em equipe ou empresa, interagindo com outras pessoas, o desafio de estar alinhado ao momento presente costuma ser maior do que quando atuamos sozinhos. Nesses casos, nem sempre temos a liberdade de focar na atividade sem interrupções externas.
Dependendo de como percebemos a situação de trabalho, isso pode se tornar desgastante.
Temos três formas de perceber emocionalmente o que fazemos para manter o alinhamento com o presente:
Se estamos insatisfeitos com uma tarefa e não aceitamos que ela é temporária, percebendo-a apenas como algo doloroso, acabamos causando sofrimento a nós mesmos e, possivelmente, às pessoas ao redor.
Auto-observação
Experimente: observe seu estado emocional e suas reações durante uma semana. Depois, avalie como tem sido seu relacionamento com o momento presente.
Até breve!

Nossas ações e reações são influenciadas não apenas por pensamentos, mas também por feridas emocionais. Se não estivermos conscientes, essas feridas podem mascarar nossa natureza essencial e impedir a cura emocional.
Lise Bourbeau, autora de As Cinco Feridas Emocionais, explica que o ego cria cinco máscaras que correspondem às cinco grandes feridas básicas vividas pelo ser humano:
| Ferida | Máscara |
|---|---|
| Rejeição | Escapista |
| Abandono | Dependente |
| Humilhação | Masoquista |
| Traição | Controlador |
| Injustiça | Rígido |
Quando permitimos que nosso ego, com seus medos e crenças, dirija nossa vida, não somos fiéis ao nosso Deus interior e às necessidades de nosso ser. — Lise Bourbeau

Bourbeau dá um exemplo de uso das máscaras: uma pessoa que percebe injustiça em uma situação, ou tem medo de ser ou de se achar injusta, veste uma máscara de rigidez, adotando o comportamento de alguém rigoroso e inflexível.
A autora resume:
É assim com todas as feridas emocionais. São muitas as ocasiões em que nos julgamos rejeitados, abandonados, traídos, humilhados ou tratados de forma injusta. Na realidade, todas as vezes que nos sentimos feridos, nosso ego acredita que outro indivíduo deve ser recriminado. Sempre procuramos culpar alguém pela nossa dor. Às vezes culpamos a nós mesmos, e isso é tão injusto quanto culpar outra pessoa. Na vida, não existem pessoas culpadas: apenas pessoas sofredoras.
Quando observamos as situações que se repetem em nossa experiência, reconhecemos a atuação de uma ou mais máscaras do ego. Nesse processo, tomamos consciência de como grande parte das interações humanas ainda sofre a influência das feridas emocionais do passado.
Todos nós temos a mesma missão neste planeta: viver experiências até conseguir aceitá-las e nos amar através delas. — Lise Bourbeau
Até o próximo artigo!
A crença de que controlamos tudo em nossa vida pode limitar nossa experiência da dimensão espiritual, que aqui no blog chamamos de Ser. O Ser é a fonte verdadeira de toda ação e inspiração. Quando reconhecemos que não fazemos nada por nós mesmos, mas que algo maior age através de nós, passamos a viver em um estado de confiança e aceitação deste instante como ele é, embora possamos agir para mudar o que vem em seguida.
Jesus Cristo falava sobre “ser como crianças”, receptivas e livres de julgamentos, indicando a importância de se livrar de pensamentos egóicos que criam resistências mentais. Dessa forma, ele mostrava aos seus seguidores como abrir espaço para o reconhecimento do Ser no momento presente, levando-os a viver com alegria e simplicidade.
A prática da presença é uma forma eficaz de cultivar essa conexão espiritual. É essencial dedicar alguns minutos ao longo do dia para silenciar a mente e entrar em um estado de receptividade, consciente deste momento como ele é. Nesse espaço de calma e quietude, percebemos a realidade sem interferências e permitimos que as verdades divinas, inspirações e lampejos de criatividade fluam naturalmente através de nós.
Somente a presença é capaz de nos libertar do ego, pois só podemos estar presentes agora – e não ontem nem amanhã. Apenas ela consegue desfazer o passado em nós e assim transformar nosso estado de consciência. — Eckhart Tolle
Ao praticar a presença, nos habituamos a permanecer com a atenção no momento presente, e não nas lembranças do passado ou preocupações acerca do futuro. Isso resulta em uma percepção mais apurada de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Assim como Jesus disse: “eu estou no Pai e o Pai está em mim”, somos convidados a reconhecer essa dimensão mais profunda de nossa própria existência.
Que o ano novo traga paz, amor, saúde e prosperidade para você e seus amados.
Inscreva-se no blog e participe dos nossos encontros para aprofundar a prática da presença.
Você precisa fazer login para comentar.